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“Eu estava andando e o carro parou. Um home disse: Juliana, entre aqui no carro! Eu fiquei sem entender aqui e ele me puxou pelo braço para dentro do carro. Tinha um dirigindo e dando às ordens para o que estava no banco de trás, armado com um revólver e me ameaçando de morte, batendo no meu rosto. Eles ficaram andando comigo por vários locais de Gurabira, nós passamos por um canal várias vezes e eles me pediam que eu desse o número do telefone do meu PAI e depois me diziam que iriam me matar e jogar no Buraco de Afonso”, contou a adolescente.
Segundo a jovem o telefone CELULAR dela estava descarregado e ele não tinha como ver o número do pai. Ela dizia para os marginais que seu nome não era Juliana e sim Jéssica, mas eles não acreditavam e agrediam ela com tapas e coronhada na coxa. “Eu não estava mais suportando aquela tortura e em dado momento eu perguntei se eles não tinham filho, eu dizia que tinha uma filha para criar e perguntei se eles não tinham coração. Foi aí que um deles ficou nervoso e deu uma coronhada de revólver na minha coxa. O da frente mandava me matar e eu pedi pra eles me matarem porque eu não agüentava mais tanto sofrimento”, disse chorando.
Jéssica ficou por mais de cinco horas em poder dos marginais andando pela cidade. “A gente passou perto do Armazém Paraíba e eu gritei pedindo socorro, mas ninguém ouvia nem me via porque o vidro do carro era fumê. Quando já estava escuro, eu me lembrei do carnê do dentista e disse que eles podiam olhar no carnê e iriam ver que meu nome não era Juliana. Com um tempo depois ele pegou o carnê e viu que eu estava falando a verdade. Com muito tempo eles pararam o carro e me empurram para fora. Eu caí e fechei os olhos esperando a bala, mas ouvi a porta do carro batendo e os pneus cantando”, relatou na entrevista.
Atordoada, Jéssica contou que saiu vagando pelas ruas, já por volta das 7 da noite, sem saber onde estava e sem forças para falar e pedir ajuda. “Eu não tinha forças pra falar. Eu tava andando e vi alguns meninos e consegui falar e pedir água. Eles perguntaram o que estava acontecendo e eu disse que havia sido assaltada. Um rapaz chamou a tia dele que estava na calçada, que foi um anjo na minha vida. Ela pediu que eu ficasse calma, cuidou de mim, chamou o irmão dela que é investigador e ele me levou na delegacia”, disse a jovem. A polícia ainda não conseguiu identificar os marginais que seqüestraram a adolescente. O repórter Zé Roberto disse que teve dificuldades de fazer a matéria porque Jéssica está traumatizada e foi preciso pessoas próximas dela confirmar a identidade dele para que o TRABALHO fosse feito. Ela não sai sozinha de casa e disse que não quer voltar mais a Guarabira.
Fonte: PB Agora
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