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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Menina Fernanda Ellen completaria 12 anos de idade nesta sexta-feira se estivesse viva


Adolescente foi vítima de um dos crimes mais chocantes da história recente da Paraíba

A menina Fernanda Ellen, vítima de um dos casos criminosos mais chocantes e de repercussão social da história recente da Paraíba, completaria 12 anos de idade, nesta sexta-feira (12), caso estivesse viva. A criança ficou desaparecida durante cerca de quatro meses. Após longa investigação, a polícia chegou até Jefferson Soares, suspeito do crime, que chegou a enterrar o corpo da menina no quintal da própria residência, localizada vizinho aos pais da menina.
O delegado que conduziu o caso, Aldrovilli Grisi, explicou à época que o celular de Fernanda Ellen foi peça fundamental para elucidação do crime. Segundo ele, a estudante foi vítima de latrocínio, quando há roubo seguido de morte. A polícia chegou até o acusado a partir da identificação do destino do celular, que foi trocado por pedras de droga dias depois de ter sido roubado da menina.
O corpo de Fernanda Ellen foi sepultado sob forte comoção popular, no último dia 29 de abril, no cemitério do Parque das Acácias, em João Pessoa. O clima era de revolta e reuniu além de familiares, parentes e colegas de escola da estudante, pessoas que não conheceram Fernanda em vida, mas acompanharam todo o caso pela imprensa, e compareceram para a despedida.
Relembre o caso
Segundo as investigações, Fernanda Ellen foi abordada por Jefferson quando voltava da escola, onde havia ido pegar o boletim. “Ele a chamou para dentro de casa e lá exigiu dinheiro. A menina disse queiria ligar para o avô e pedir, mas o vigilante pegou o aparelho que estava no bolso dela, afirmando que a menina estava sequestrada. Com medo, ela gritou. Foi quando ele deu uma ‘gravata’ em Fernanda Ellen e a matou”, contou o delegado.
Aldrovilli afirmou que o aparelho celular foi apreendido durante diligências realizadas pela Polícia. Entre os muitos encontrados, que seriam destinados para fins ilegais em presídios da Capital, estava o dela. “A partir de então, começamos a investigar uma cadeia regressiva de pessoas pelas quais o equipamento havia estado em mãos, até chegar a uma mulher, aquela que trocou o aparelho pelas pedras de crack e auxiliou o Instituto de Polícia Científica da Paraíba, com apoio da Polícia Federal, a fazer o retrato falado de Jefferson”, explicou o delegado. Com a imagem do acusado, mas sem identificação ou localização, a Polícia Civil continuou trabalhando com base em informações sigilosas que levaram ao vigilante.Para a Polícia, Jefferson também contou que escondeu o corpo da estudante embaixo da cama durante dois dias antes de enterrá-la no quintal. Logo depois de praticar o crime, ele pegou o celular da menina e se dirigiu ao Centro da Capital, a fim de trocar o aparelho por pedras de crack.
De acordo com o secretário Cláudio Lima mais de 30 policiais civis, todos com cursos de especialização em Inteligência, trabalharam no caso, que contou com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. “A informação foi compartimentada e essa foi uma decisão acertada, já que no início houve muitas informações desencontradas, inclusive trotes. Se não houvesse sigilo o criminoso não teria sido preso e o crime elucidado. Em todos os momentos estivemos presentes junto à família, dando o apoio necessário, não só em relação à segurança como também no aspecto social e de saúde. O sucesso das investigações é mérito de todos”, frisou o chefe da pasta.
Confira a cronologia do crime e das investigações:
7 de janeiro de 2013:
15h30 – A estudante Fernanda Ellen Miranda Cabral, 11 anos, sai de sua casa, no bairro do Alto do Mateus, em João Pessoa, para ir à escola buscar o boletim. O trajeto levaria em torno de 30 minutos, mas a menina não retorna para casa.
16h – A família percebe o desaparecimento da criança e entra em contato com pessoas que possam localizá-la e Polícia.
11 de janeiro de 2013:
A Polícia, com autorização da família, consegue junto à operadora de telefonia os dados sobre as ligações realizadas e recebidas por Fernanda Ellen. Os documentos cedidos revelam que do dia 6 para o dia 7 de janeiro não houve qualquer ligação efetuada, mas a partir das 16h do dia do desaparecimento houve diversas ligações encaminhadas para a caixa postal.
O fato levou a Polícia Civil a trabalhar focada em uma linha de investigação que envolvia violência.
29 de janeiro de 2013:
A Polícia Civil, por meio de seu setor de inteligência, localizou diversos celulares que estavam sob posse de traficantes e seriam destinados à utilização ilegal dentro de presídios da Capital. Entre os aparelhos estava o de Fernanda Ellen.
Após a colheita de oitivas de diversas pessoas, a Polícia Civil conseguiu construir uma cadeia regressiva de receptação do equipamento. A última pessoa a ser ouvida revelou que recebeu o aparelho de JEFFERSON LUÍS OLIVEIRA SOARES, 25 ANOS, em troca de pedras de crack.
Um retrato falado do acusado foi feito com auxílio da Polícia Federal, mas o nome e a localização do homem que pela última vez esteve com o celular de Fernanda Ellen não eram conhecidos. Com outras informações sigilosas em mãos, o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil continuou as diligências.
8 de abril de 2013
De posse do retrato falado e na companhia da testemunha policiais do GOE receberam informações sobre um indivíduo semelhante às descrições, que residia duas casas após a da estudante.
Ao abordá-lo, a testemunha de pronto o indicou JEFFERSON LUÍS como sendo a pessoa que repassou o telefone. Ele tentou fugir, mas foi contido e conduzido para interrogatório, tendo confessado chamar Fernanda Ellen para dentro da sua residência no momento em que ela voltava da escola no dia 7 de janeiro de 2013, tendo-a matado logo em seguida.
O corpo de Fernanda Ellen foi encontrado no quintal da residência do acusado, envolvido por plástico. Uma equipe do Instituto de Polícia Científica foi solicitada para remoção e realizar exames no local.


Fonte: WSCOM Online

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